Sei que voltarás
O Sol saiu dentre as nuvens e você não chegou. Olhei pela janela, contei o tempo na vã esperança de um telefonema, de um misero sinal de vida.
Sinto seus braços, seu corpo, sua alma. Sinto tanto que sou sua, mesmo que as vezes eu seja do vento.
Por que você desaparece em meio ao vento? Como uma assombração que some na neblina, você foge, mas continua em minha mente. Mesmo que queira e até tente te esquecer, a força de te amar é maior do que meu próprio eu.
Memórias, apenas elas me restam. As idas ao parque, corridas pela rua, brigas que se transformaram em loucos beijos, danças no mercado, poses de Hollywood, puxões de cabelos. Resta-me a lembrança de nossas conversas de irmãos, carinhos de amantes...
Como sempre, aqui te espero com a solidão da alma. Amarro-me as lembranças, sugo as emoções, projetando que todas elas serão entregues a ti. Esperançosa de que voltarás, mesmo que não tenha esta convicção.
O Sol já se esconde entre nas nuvens e eu continuo a te procurar pela janela. Na vã esperança que voltarás...