Um pouco do tanto...

"Se de tudo fica um pouco, mas por que não ficaria um pouco de mim?" (Carlos Drummond de Andrade)

Monday, April 23, 2007

Entre a Goiabada e o Queijo

Muitos ainda crêem que a atração dos opostos é a combinação perfeita. Assim como a doce mistura da goiabada com o salgues do queijo, que atrai inúmeros paladares. Dizem que é esta mistura que atrai você.

Apesar da atual desenvoltura feminina, ainda são elas a parte sensível e até deslumbrante de um relacionamento. É ela que consegue mudar seu universo com um simples sorriso, e de um olhar faz seu mundo cair ou ao céu você subir.
Já aos homens cabe a salgues e racionalidade de um relacionamento. Os objetivos traçados, os sonhos reais. Mesmo que ele tente te agradar dançando bolero ou cantando sem entonação a sua musica preferida, sempre será o mesmo estabanado que tropeça em suas mobílias.

Apesar das posições pré-estabelecidas em meu mundo medieval, não podemos nos esquecer da inversão de papéis vinda com o século XXI, onde mulheres mandam como homens, e estes obedecem como cães disciplinados.

Cá fica meu apelo “quadrado”, em que ambos não sejam nada além de homens apaixonados por mulheres encantadoras. Não deixem que a civilização corrompa seu extinto natural dito entre formas e impulsos, sejam eles quais são.
Ache-me a ultima romântica ou a mais nova velha da sociedade. Afinal, o verdadeiro prazer da vida está em ser quem realmente se é, como Ele quis.

Wednesday, April 18, 2007

Indignação (Caso Priscila Aprígio)

Ainda ontem estava vagando pela pluralidade de canais abertos da minha TV, enquanto aguardava um telefonema. Dentre tantas futilidades, despertou-me interesse o programa SuperPop, apresentado pela ex-modelo Luciana Gimenez, que tem como estratégia fazer polêmicas mediante a celebridades.

Nele acontecia uma entrevista com Priscila Aprígio, a menina que há pouco tempo (28/02) fora atingida por uma bala perdida na capital paulistana. Contudo, o que mais deteve a minha atenção foi a maturidade e determinação de uma pré-adolescente consciente do seu estado e exigente do seu direito.

Sua veracidade otimizada contagiou a todos, inclusive a apresentadora que inúmeras vezes se emocionou com o caso. Para mim, a imparcialidade e infeliz pluralidade deste tipo de caso é o que o torna apenas mais um perante a estatística.

A revolta maior é saber que uma menina de 13 anos já tem que encarar a vida e seus problemas com muita crueldade. A mesma afirma ser difícil viver na dependência dos outros. Além de ter abandonado os estudos, já que está morando provisoriamente em um flat, e não há condições físicas nem financeiras para prosseguir com sua vida acadêmica, ela teve que passar por 4 cirurgias, e mesmo assim o diagnostico não pode ser revertido; estava paraplégica.

Penso na Priscila, mas também em tantas outras pessoas que sofrem com casos semelhantes. Quando se trata de bala perdida sempre há o sensacionalismo, porém ainda não há a uma solução concreta perante as conseqüências deste ato. Afinal, quem irá se responsabilizar pelos danos físicos e psicológicos desta menina?


Logo nem me zanguei pelo telefone não tocar, pois a injustiça que tomava conta da minha mente me fez pensar o por quê reclamar de futilidades. Lembrei-me que este é o futuro da nossa nação, que está em uma busca aflita de um socorro que não vem.