Um pouco do tanto...

"Se de tudo fica um pouco, mas por que não ficaria um pouco de mim?" (Carlos Drummond de Andrade)

Thursday, May 17, 2007

Resíduo Global

Estamos na Era do Aquecimento global.
Pelo menos é este o assunto discutido da pré-escola até o bar da esquina.
Sensibilizada pela situação, resolvi refletir sem demagogia. Afinal, o que meu pobre ser pode contribuir para com a sociedade mundial?


O fato é que eu não faço coisas erradas. Já que não jogo lixo pela rua, nem mesmo quando vou à praia. Separo matéria orgânica de reciclável, inclusive as pilhas.
Certa vez até plantei um pé de feijão. Tudo bem que ele não passou do estágio do algodão, mas eu tentei.
Já arrecadei dinheiro em prol de campanhas beneficentes, também doei no mesmo sentido.

Fiz tudo o que poderia e quem sabe até um pouco mais. Porém, de nada adiantou.
O desmatamento desgovernado continua; a poluição em excesso também procede.
A fauna e a flora correm o mesmo risco que a minha futura geração têm de se extinguir.


De tanto que eu fiz, pouco absorvi.
Talvez alguém note a diferença. Ou quem sabe, de tantas as influências, o mundo veio a influenciar minha vida.
Qual justiça há de eu lutar e arcar com o fracasso dos outros?

Até onde podemos mudar o mundo se é ele que muda a gente.


“Se de tudo fica um pouco,
Mas por que não ficaria um pouco de mim?”
(Resíduo - Carlos Drummond de Andrade)