Até onde Resistir?

Desisto!
Eu desisto de fazer do meu jeito. De tentar entender. De pôr explicações no inexplicável.
Falar nunca fora o suficiente. Porém sem as palavras, alguns gestos são incompreensíveis. E quando não há gestos, nem frases, a imaginação é quem tira suas próprias conclusões.
Planos, sonhos, promessas; todos tão detalhados, esperados. Contrapartida há inúmeros problemas; duvidas, crises, incompreensão, distancia.
Em meio essa bifurcação surge a pergunta: Desistir ou Resistir?
Posso parar por aqui. Fingir que nada existiu ou compreender que foi um [belo] sonho. Seguir a vida pensando mais em mim.
Ou ficar e lutar, por mais estreito que seja o caminho. Por mais difícil que seja compreender que nem sempre haverá um pedido de desculpas ou um telefonema quando estiver entediada em frente a TV. Mas haverá momentos de ternura e preocupação, onde nem a distancia ou crises a evitarão. Mesmo que seja de uma forma desajeitada, tímida.
O grande problema é que damos espaço a um certo questionamento, que chega a duvidar do que temos convicção.
Existe a súbita vontade de abrir mão de tudo, mas sei que se fizer isso, lamentarei em um futuro próximo. Então concluo que devo desistir sim, mas de fazer tudo do meu jeito, de tentar provar o que tenho certeza. Já do meu amor, espero resistir a essa situação. Afinal, ele tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.